Nutrição vegetal
A nutrição vegetal refere-se ao estudo e à prática de como as plantas obtêm e utilizam os nutrientes essenciais para o seu crescimento e desenvolvimento. Este campo abrange a identificação dos elementos nutritivos que as plantas necessitam, como macro e micronutrientes, e as suas fontes, que podem ser o solo, a água e os fertilizantes. A nutrição vegetal é fundamental para a agricultura, uma vez que influencia diretamente a saúde das plantas, a produtividade das culturas e a qualidade dos produtos agrícolas. Além disso, envolve a compreensão dos processos de absorção, transporte e metabolização dos nutrientes dentro das plantas.
Um conceito essencial a ter em consideração neste campo é o “balanço de nutrientes”. Cada vez que uma cultura é colhida, os diversos nutrientes assimilados pelas plantas são retirados do sistema. Se esses nutrientes não forem repostos no fim de cada ciclo, através de fertilizantes, o solo vai perdendo nutrientes, afetando a sua produtividade futura. Por isso, é essencial garantir um fornecimento equilibrado e sistemático de nutrientes ao solo para evitar a sua degradação e assegurar colheitas sustentáveis a longo prazo.
Outras substâncias benéficas, como os bioestimulantes e os biofertilizantes, têm vindo a ganhar crescente relevância no contexto da nutrição vegetal. Os bioestimulantes, ao promoverem processos biológicos nas plantas, aumentam a resistência a condições ambientais adversas, ao mesmo tempo que favorecem uma maior capacidade de absorção dos nutrientes disponíveis no solo. Por outro lado, os biofertilizantes, ao fornecerem nutrientes essenciais de forma natural, asseguram uma nutrição complementar, contribuindo de forma significativa para o equilíbrio e a sustentabilidade do sistema solo-planta. Mais informações disponíveis em: https://www.fertilizer.org/about-fertilizers/types-of-fertilizers/

Os nutrientes também podem ser aplicados via foliar, sendo absorvidos pelas folhas através dos estomas e da cutícula. Após a absorção, são transportados pelos vasos condutores (xilema e floema) e distribuídos pelas células da planta, onde são utilizados em processos como fotossíntese, crescimento celular e síntese de proteínas. Este método é eficiente para nutrientes como potássio, cálcio, enxofre e micronutrientes, que contribuem para a saúde e desenvolvimento da planta.”
A fotossíntese na folha é o processo no qual as plantas utilizam a luz solar, o dióxido de carbono (CO₂) e a água para produzir glicose e oxigénio. Os nutrientes provenientes dos fertilizantes, como o azoto (N), fósforo (P) e potássio (K), desempenham um papel essencial nesse processo. O N é crucial para a formação de clorofila, que é responsável pela captação da luz solar, enquanto o P contribui para a produção de energia e o K ajuda no equilíbrio hídrico e no funcionamento das enzimas, garantindo que a fotossíntese ocorra de forma eficiente e favoreça o crescimento saudável da planta.
A translocação de nutrientes na planta ocorre através da seiva bruta e elaborada, que circulam pelos vasos condutores, como o xilema e o floema. O caule desempenha um papel fundamental neste processo, funcionando como um canal de transporte, permitindo que os nutrientes absorvidos pelas raízes cheguem às folhas e outros órgãos (seiva bruta), e que os produtos da fotossíntese (seiva elaborada) sejam distribuídos para as partes da planta que necessitam de energia para o crescimento e desenvolvimento da cultura.
A disponibilidade de nutrientes no solo é influenciada por processos químicos, biológicos e físicos, sendo otimizada pela fertilização adequada, que fornece os elementos essenciais para que as raízes das plantas possam absorvê-los de forma eficiente e promover um desenvolvimento sustentável

Azoto
Crucial para a síntese de aminoácidos, proteínas, ácidos nucleicos e clorofila; vital para o metabolismo e crescimento das plantas.
Fósforo
Vital para o armazenamento de energia e desenvolvimento das raízes; importante nas fases iniciais de crescimento.
Cobalto
Essencial para algumas enzimas e fixação de azoto; aumenta a tolerância à seca.
Potássio
Ativa enzimas, regula a transpiração e transporta assimilados; fortalece as paredes celulares e reduz a suscetibilidade a doenças.
Cálcio
Mantém a integridade das biomembranas e estabiliza as paredes celulares; importante na resistência a doenças.
Enxofre
Integral para a produção de aminoácidos e clorofila; contribui para o crescimento e resistência a doenças.
Magnésio
Central para a produção de clorofila; reduz o stress por altas temperaturas.
Boro
Necessário para a síntese das paredes celulares; a deficiência perturba o crescimento reprodutivo e radicular.
Cloro
Aumenta a produtividade, desempenha um papel na fotossíntese e ajuda a reduzir a perda de água durante a seca.
Níquel
Importante na germinação de sementes e fotossíntese; a sua deficiência afeta o crescimento
Zinco
Participa na formação de clorofila e na ativação de enzimas; essencial para a resistência a doenças.
Zinco
Participa na formação de clorofila e na ativação de enzimas; essencial para a resistência a doenças.
Selénio
Contribui para a defesa antioxidante, melhorando a saúde geral das plantas.
Molibdénio
Facilita a redução de nitratos e a fixação biológica de azoto; níveis insuficientes dificultam o crescimento.
Silício
Aumenta a vitalidade e a tolerância ao stress; fortalece as paredes celulares e melhora a resistência a doenças.
Manganés
Envolvido na fotossíntese e assimilação de azoto; a carência deste elemento reduz a resistência das plantas ao stress.
Ferro
Essencial para a produção de clorofila e divisão celular; a deficiência provoca o amarelecimento das folhas.
Cobre
Fundamental para o metabolismo do azoto e produção de sementes.
Sódio
Importante para o transporte de CO₂ na fotossíntese; pode desempenhar funções semelhantes ao potássio em algumas plantas.
Iodo
Associado a enzimas, importante para a fotossíntese e metabolismo energético; a sua deficiência afeta a floração e o desenvolvimento radicular.